Neste artigo técnico, o Médico Veterinário e Inspetor Técnico da ARCO, Cesar Henrique Peschel Júnior, responde esse questionamento e ainda dá exemplos dos resultados obtidos com reprodutor sem registro e, ainda, com PO. Confira!
O uso de reprodutor sem origem comprovada é uma prática ainda comum no Brasil, quando se pensa em ovinocultura amadora. Comprovadamente, os resultados não são satisfatórios. A principal desvantagem é a falta de padronização na produção.
Como esses animais mestiços não têm uma consistência genética construída através de gerações, eles produzem todo tipo de cordeiro. Isto é: produzem alguns animais que vão ganhar bom peso, mas a maioria não terá essa característica; produzem alguns animais que serão boas mães, mas a maioria não será; produzem alguns animais com boa carcaça, mas a maioria não terá.
Um exemplo prático é uma fazenda que acompanhamos na região serrana de Santa Catarina. Nunca conseguia passar o peso médio de desmame de 22 kg aos 90 dias. Contudo, após a introdução de um reprodutor Ile de France PO o peso médio de desmame, com a mesma idade, no ano seguinte passou para 35 kg.
Por que isso ocorreu? Os ” reprodutores” usados anteriormente na propriedade era apartado ali mesmo. Quando se introduziu um reprodutor PO, além de todas as características do Ile de France se expressarem nos cordeiros, ainda houve o acréscimo genético da Heterose, conhecida popularmente no campo como “choque de sangue”.
Vejo a ovinocultura brasileira evoluindo, com isso o uso de animais registrados é indiscutível. E digo mais: iniciativas como as que a ABCIF está fazendo de promover programas de melhoramento genético vão ser cada vez mais procuradas pelos produtores. O produtor profissional quer, além de padronização, saber o que vai produzir o carneiro que ele está comprando. É assim no mundo inteiro e no Brasil não será diferente! A ABCIF já largou na frente também nesse critério!
Instagram: @abcif_iledefrance | Facebook: CarnedeIledeFrance
Por Cesar Henrique Peschel Júnior
Médico veterinário e Inspetor técnico da ARCO
Crédito da foto: Reprodução/Instagram/Cabanha Ouro Branco
Leia outras notícias no site da ABCIF