Trata-se de uma garantia de que o animal passou por um crivo zootécnico e, assim, tem condições de contribuir para o melhoramento de um rebanho: “Se é um carneiro produtor de lã, ele irá produzir uma lã de melhor qualidade. Se for de carne, irá produzir cordeiros com melhor carcaça”, explica João Vasco Alves, Inspetor Técnico da ARCO
Certamente, você já deve ter ouvido aquela expressão popular “o barato sai caro”, não é mesmo? Ela se refere a situações a qual pensamos somente em pagar o menor preço possível na hora da compra de determinado produto, mas, à longo prazo, o prejuízo vem. Na ovinocultura essa expressão nunca fez tanto sentido. Afinal, vemos muitos criadores ignorando a importância de se adquirir animais com registro da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO) apenas por uma questão de custo, quando, na verdade, essa “economia” inicial poderá acarretar em perdas irreparáveis ao seu rebanho.
Portanto, a fim de explicar com mais clareza a importância de se investir na compra de animais com registro da ARCO, conversamos com o Inspetor Técnico da instituição e membro da diretoria da ABCIF – Associação Brasileira de Criadores do Ile de France, João Vasco Alves. Ele explica que a ARCO possui um quadro de técnicos, zootecnistas e médicos veterinários que fazem a avaliação dos animais que levam o registro, que é o selo máximo da instituição.
“Isso credencia o animal para participar de feiras e exposições, como a Expointer. Indica que esse animal seguramente poderá contribuir para o melhoramento de um plantel PO ou até mesmo um rebanho geral, que é o comum. É a garantia que esse animal passou por um crivo zootécnico e que credencia ele como um animal apto a trabalhar para a produção em plantéis. Se é um carneiro produtor de lã, irá produzir uma lã de melhor qualidade. Se for de carne, irá produzir cordeiros com melhor carcaça”, explica Alves.
Mesmo diante dos benefícios evidentes, o Inspetor Técnico conta que, atualmente, é possível ainda encontrar muitos criadores de ovinos que preferem “economizar comprando animais sem o registro, ou seja, sem saber a origem e sua árvore genealógica. Só que tal decisão, ao contrário do que se imagina, poderá trazer mais prejuízos do que economia.
“Se usa um carneiro que não é bom em um rebanho, ele fica estagnado, ele não melhora na qualidade de lã e nem o cordeiro em qualidade de carcaça. Por isso, é viável e muito importante que o produtor invista na compra de animais PO ou PA, que é um puro por cruza, que é o antigo SO. Vale a pena um produtor as vezes pagar um pouquinho mais por um reprodutor com crivo da ARCO para no final do ciclo reprodutivo tirar uma produção melhor. Dessa forma, a ovinocultura se fortalece, os rebanhos melhoram de qualidade”, enfatiza o Inspetor Técnico.
Por fim, Alves cita que o mercado da carne ovina está em alta. Por isso, vale a pena o produtor comprar um animal com registro porque, assim, terá uma garantia de que ele é um melhorador. “Esse retorno em qualidade, irá certamente vir também em forma de maior lucratividade para o produtor. Repito: com melhor qualidade de lã, vai vender melhor a lã, vai ter o retorno garantido. Cordeiro com melhor carcaça, vai ter um retorno garantido na venda de seus animais”, finaliza.
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Por Natália de Oliveira/Agência Agrovenki
Legenda da foto em destaque: animais no pasto
Crédito das fotos: Divulgação
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